quinta-feira, dezembro 29, 2011

Afinal em que é que ficamos???


"É impossível ser feliz sozinho..."


"Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?
Vivo tranqüilo, a liberdade é quem me faz carinho
No meu caminho não tem pedras, nem espinhos
Eu durmo sereno e acordo com o canto dos passarinhos"

O que eu tenho para te dizer

Para me teres por inteiro, vais ter de te entregar por inteiro. Não podes ter pressa. Eu vou fazer-te feliz, mas faço-o ao meu ritmo e quando estivermos no mesmo ritmo já podes pegar nos comandos e assumir a velocidade que queres. Não adianta forçar. A pressa não ajuda, o desespero também não. Deixa-te ficar e espera por mim. Só isso basta. Vais ver que nem é assim tão mau. Vais ser feliz. Vais-me fazer feliz.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Feiticeira II

Pois é. O tempo vai-nos ensinando muita coisa. E eu descobri que a feiticeira afinal não era princesa. De qualquer forma, com princesas e feiticeiras ou sem elas, a minha vida segue conforme os planos.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Feiticeira


"De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado"

Princesa que me vens resgatar... :)

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Mais depressa do que pensava...

Mais depressa do que pensava, a minha vida entrou num ponto sem retorno. Já o disse a duas pessoas. Uma ficou contente, outra de queixo caído, mas acabou por reconhecer que achava que eu não era feliz e a uma terceira, não disse, mas ela percebeu, e essa, só disse que queria o que fosse melhor para mim e que estava lá para o que fosse preciso. Agora tudo está nas minhas mãos e eu tenho medo. Mas quem não tem? A vida é uma sucessão de passos, muitos deles dados no escuro. Não há outra forma de descobrir o que está do outro lado. E eu já tive tempo demais a perguntar a mim mesmo se devia ou não dar este passo.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Voltei de férias


Desta vez não fui a lugar nenhum. Foram férias só para mim. Coloquei a minha vida em dia e pensei muito. Não cheguei a conclusão nenhuma, mas tenho mais dados. Depois conto.

segunda-feira, novembro 28, 2011

Hoje é dia 28…

E a minha vida segue um pouquinho melhor que no dia 25.

Portanto para quem perguntou se valeria a pena enfrentar o “problema” a resposta é sim, valeu. Valeu porque eu reforcei a amizade com essas amigas e a minha mulher ganhou amigas novas.

Mas não foi fácil. Na véspera a minha mulher estava muito amuada e eu tentava aliviar o ambiente, desdramatizando a coisa, com um bocado de humor, mas nada funcionava. Cheguei a ver uma lágrima ou outra, mas não cedi.

A viagem para lá foi um sufoco. Quase duas horas de curvas e contra-curvas, de mau humor, de troca de palavras secas e eu sempre a tentar afastar a nuvem pesada e negra.

E mesmo assim valeu a pena?
Valeu.

Quando chegámos lá ainda só estavam 3 pessoas. As outras foram chegando pouco a pouco. Só isso aliviou um bocado a pressão. Depois fomos percebendo que nem toda gente se conhecia. Isto é, não éramos os únicos que não conheciam toda a gente. No final das contamos éramos 12, numa casinha, muito bem recuperada e muito confortável, numa aldeola perdida no meio das Serras do Centro.

Comemos, bebemos, conversámos, passeámos e fomos ficando. Ficámos para jantar. Enquanto eu ajudava a fazer o jantar num forno a lenha na rua, a minha mulher ficou na casa com as outras sete meninas e um gay. Ainda fui à sala do povo ver um bocado do futebol e a minha mulher ficou com elas. Jogou matrecos com as meninas, krapô com o gay, falaram de viagens e eu ainda vim a tempo de jogar Trivial com todos antes de jantarmos. Jantámos e como tínhamos ainda uma viagem difícil pela frente, saímos, ainda a festa estava a meio, já depois da meia-noite.

A minha mulher saiu de lá aliviada e com os fantasmas todos desfeitos. No dia seguinte até me confessou que aquelas pessoas seriam uma boa companhia para as férias da neve.

Valeu a pena? Valeu.
Valeu pelo presente e valeu pelo futuro. Mas do futuro falamos depois.

sexta-feira, novembro 25, 2011

...


Será apenas coincidência ou o meu pensamento formatou-se?
Em todas as músicas que ouço encontro a nossa história. Será possível??

quarta-feira, novembro 23, 2011

Sonhos

Sonhos
Caetano Veloso


Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim completamente seu
Vi a minha força amarrada no seu passo
Vi que sem você não há caminho, eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, mais carinho mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar

Por enquanto a letra desta música fica por aqui. Não gosto do final. :)

sexta-feira, novembro 18, 2011

quinta-feira, novembro 17, 2011

Amigos

Para algumas pessoas toda a sua vida, toda a sua felicidade começa e acaba no seu casamento e na sua casa. Para algumas pessoas, toda a sua vida, toda a sua realização está no trabalho, no almoço em casa da Mãe com as irmãs e sobrinhas, e na sua própria casa, onde um marido as espera, esperam essas pessoas, de braços abertos. Não pedem nem procuram mais nada.

Para outras a vida tem que ter mais alguma coisa. Alguma coisa para além da mulher e da casa, quase sempre vazia. A casa, mesmo quando não se tem filhos, tem de ter movimento, animação, entra-e-sai, desarrumação, nódoas no tapete, barulho. Para outros a vida só faz sentido se tiver amigos presentes. Aquela história de que os verdadeiros amigos estarão lá quando precisarmos não entra comigo. A amizade tem que se alimentar.

E agora eu, que sou do tipo de pessoa que precisa de amigos, ao ver-me durante tempo demais quase isolado, tomei a decisão de ir á procura deles. Acompanhado ou sozinho. E assim fiz. Para onde me convidam vou e não recuso nada que me pareça minimamente interessante. Recupero os antigos e procuro novos. Nunca se sabe de onde pode aparecer um amigo.

E foi dentro de tudo isto que apareceu a história do post anterior. Capiche?

quarta-feira, novembro 16, 2011

Onde eu me fui meter!!!!

Como se explica à nossa mulher, que fomos convidados para ir passar um fim-de-semana a casa de umas amigas, que ela não conhece de lado nenhum e de quem ela, à partida, já não gosta muito e desconfia das suas intenções. Como explicar, que mais uma vez, o facto de eu ser o único homem é pura coincidência? Como explicar que já disse que sim que ia? Digam lá, sou um homem com coragem não sou?

segunda-feira, novembro 14, 2011

Prometo que vou tentar andar mais atento


Ela: Enfim…mas vamos vivendo, uns dias melhor, outros nem por isso. Pelo menos desabafamos. A maioria que me aparecem aqui no fb só querem sexo ........... eu gosto mas............ não e isso que procuro aqui.
Eu: Eh, eh!
Ela: Tu ris-te mas é verdade. E contigo deve ser igual…
Eu: Não, pelo menos que eu desse conta.
Ela: Ai não, lindo como és! Devem ser montes, lol!
Eu: Eh, eh. Achas? Bem, se calhar tenho andado distraído.
Ela: Pois, deve ser isso.

Um post sobre nada, ou sobre tudo

Não tenho muitas coisas de que me possa orgulhar, mas orgulho-me muito do meu blogue. Ás vezes dou uma vista de olhos pelos textos antigos e acabo quase sempre surpreendido pelo que escrevi. Pela positiva. Revejo-me em quase tudo, o que é bom. Até hoje não me arrependi de nada que tivesse escrito, e nunca tive portanto, o impulso de apagar nada.

É certo que não tenho muitos leitores, ou seguidores, mas também não ando por aí a espalhar o meu link, não leio muitos blogues (porque também não tenho assim tanto tempo livre), e comento ainda menos. De qualquer forma não considero isso demasiado importante. Claro que gosto de ter algum feedback daquilo que escrevo, mas aquilo que me move é o desabafo, puro e simples, sem preconceitos ou medos de ofender ou magoar as pessoas que conheço. Por isso a minha nuvem flutua no ciberespaço mais ou menos incógnita, tentando não dar muito nas vistas, assim como eu próprio na minha atitude.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Para ter sempre presente

Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

sexta-feira, outubro 28, 2011

As conversas que não tive, mas devia ter tido

- Se fizer essa estrada até meio caminho, entre ti e eu como propões, não o vou fazer por um simples cafezinho. Vais ter que melhorar isso. :)
- Huuuummm, podes ser mais específico?
- Bem,… Acho que sim…
- Sabes aquele beijo que nunca demos?
- Beijo, qual beijo?
- Sim, éramos adolescentes e giros. Devíamos ter dado beijos. Agora, no outro dia, quando estivemos juntos e te despediste de mim, puseste a tua mão na minha nuca. Querias um beijo, não querias? :)
- Achas?
- Acho.
- :) Talvez... no meu inconsciente….
- Vá, posso contar com o beijo?
- Se for só um e não passar daí...
- Combinado, um café e um beijo. Mas um beijo a valer. Daqueles mesmo bons.
- Isso do bom estamos para ver. :)
- Vais ver, melhor, vais sentir. Um arrepio pelo corpo todo. Não te vais arrepender.
- :) Estou para ver isso.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Porque também eu ainda não compreendo bem as mulheres

Se as mulheres tem entre elas relações de amizade tão instáveis, porque razão confessam umas às outras pormenores tão íntimos da sua vida pessoal?

terça-feira, outubro 25, 2011

Tão cheia de pudor que vive nua

Uma mulher que é como a própria lua

São Demais Os Perigos Desta Vida
Vinicius de Moraes

São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua

segunda-feira, outubro 24, 2011

quarta-feira, outubro 19, 2011

Da cabeça aos pés, tudo o que me deixa sem fôlego

Cabelos compridos e rebeldes para os afagar e esperar que soltos, me percorram as costas;

Alças e ombros à mostra para pegar nas mãos, correr os braços nus, passar nos ombros e envolver o pescoço atrás das orelhas;

Decote generoso e cheio, com um colar pendente para traçar a linha do desejo, para percorrer com a ponta dos dedos;

Mãos com pulseiras e unhas pintadas de cor, porque ser feminina é isso mesmo. É cor, é enfeite, é magia;

Vestido de tecido ao mesmo tempo leve, mas pesado o suficiente para marcar as curvas do corpo em movimento, só para poder adivinhar primeiro, tocar depois e levantar por fim, porque nada é para fazer depressa de mais;

Tatuagem no fundinho das costas, para ter também um pretexto para ficar a olhar para uma das curvas mais sensuais da natureza;

Rabo redondo em forma da lua, porque sim;

Sandálias de salto nuns pés pequenos e de unhas pintadas que caibam nas palmas das mãos.

terça-feira, outubro 18, 2011

Mimos

“…eu adorei ver-te, tens um sorriso puro, quase como que o sorriso de uma criança.”

“Continuas um "miúdo" muito querido. Mantêm-te assim que nós gostamos muito!!!!”

sexta-feira, outubro 07, 2011

Partilhas

Escrevi há uns dias que eu tinha, ou melhor, acho que tenho, nesta fase da minha vida, a capacidade de me deixar partilhar em vez de trair.

A frase é um bocado enganadora, porque o que de facto o que eu queria dizer era que, aquilo que para a minha mulher seria uma traição da minha parte, para mim não passaria de uma aventura, que me alimentaria o ego e me faria por isso, um homem mais feliz e melhor para todos, inclusivamente para a minha mulher. Chamei-lhe partilha de mim próprio, porque acho que era capaz de não subtrair nada na minha relação e podia acrescentar algo a outra. Acredito até, que através da segunda poderia melhorar a primeira.

Mas compreendo que isto seja difícil de compreender para a maior parte das pessoas, mas para mim, hoje, nas condições actuais, parece fazer sentido.

terça-feira, outubro 04, 2011

Que parvo que eu sou!!!

Aquilo era mesmo um convite e eu nem reparei...
Aquilo era mesmo uma deixa para eu me atirar, já hoje e de cabeça, e eu não me atirei...
Continuo o mesmo menino ingénuo de sempre. Enfim... talvez até seja melhor assim.

Se eu pudesse...


...seria como o herói deste pequeno filme. Sempre em festa, sempre no centro da festa. Eu próprio a festa. :))

Bom feriado!

quinta-feira, setembro 29, 2011

Balançando na corda de um casamento

Fazendo uma espécie de balanço do meu casamento de 15 anos, que confesso, ultimamente não tem passado pelos seus melhores dias (tendo já tido até momentos muito maus), vou aqui no meu rascunho, listar as coisas boas e más que encontro na minha mulher.

Será legitimo avaliar um casamento apenas pelas características da mulher? Talvez não, mas é um começo. Enfim, nem sei sequer se é o começo mais apropriado. Podia começar por mim ou pela vida a dois, mas este blogue é meu e eu escrevo o que quero, ok?

Aqui no blogue vocês só vão ver números que irão evoluindo à medida que penso nas coisas. Não as vou expor aqui porque não gosto disso. Para vocês serão só números. Coisas boas e coisas más.

Aspectos positivos: 8
Aspectos negativos: 16

É engraçado que fazendo a lista, reparo que muitos dos aspectos negativos têm um lado positivo. Por exemplo, se por um lado digo que é negativo o facto dela investir pouco na sua imagem, por outro, e por consequência, acabo por considerar positivo o facto de ser poupadinha, situação que mudaria completamente se, de repente, começasse a invadir todo o tipo de lojas de roupa e acessórios. Isto não vai ser fácil...

segunda-feira, setembro 26, 2011

Pois é...


Curioso, o filme que vi este fim-de-semana.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Caminhadas

"Estou apaixonado, mas acho que é pela pessoa errada. Mesmo assim, sinto-me leve e feliz."





Isto é uma coisa que nem toda a gente consegue, isto é, a capacidade de se deixar partilhar em vez de trair. Dá para compreender? Não pois não...:))

Say a word or two to brighten my day



I don't wanna be adored
Don't wanna be first in line
Or make myself heard
I'd like to bring a little light
To shine a light on your life
To make you feel loved

No, don't wanna be the only one you know
I wanna be the place you call home

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know
I give much more
Than I'd ever ask for


Will you see me in the end
Or is it just a waste of time
Trying to be your friend
To shine, shine, shine
Shine a little light
Shine a light on my life
And warm me up again

Fool, I wonder if you know yourself at all
You know that it could be so simple

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know
You take much more
Than I'd ever ask for


Say a word or two to brighten my day
Do you think that you could see your way

To lay yourself down
And make it so, but you don't want to know
You take much more
Than I'd ever ask for

quarta-feira, setembro 21, 2011

Suspiro… (e desabafo por meias palavras)

Ai, ai,….



Que faço eu agora? Qual é o meu caminho da felicidade?




(O desabafo e as meias palavras ficaram no rascunho...)

terça-feira, setembro 13, 2011

Estudo de opinião

Não sei se já alguma vez aqui referi, que tenho, infelizmente em herança, uma pequena quinta, com uma simpática casa no cimo do monte. É o sítio onde mais facilmente descarrego as minhas energias negativas. O que eu nunca aqui disse é que há cerca de um ano aluguei a casa (não a quinta) a um jovem e bonito casal de Lisboa. (bem, ela é bonita, a filhota também, quanto a ele já não tenho assim tanta certeza, mas dou o benefício da dúvida).

A certa altura, quase logo no início, manifestaram vontade de fazer uma horta e pediram-me um cantinho para a fazerem. Eu, todo entusiasmado com a ideia, não só escolhi o melhor cantinho, como ainda o preparei e lavrei. A terra ficou fofinha, pronta a cultivar.

Foi então que, num dado fim-de-semana, estando eu perto da futura horta, entretido com outro trabalho qualquer, vi aproximar a minha inquilina e uma cunhada, que por lá estava a passar o fim-de-semana, ambas equipadas a rigor, com umas botas de borracha xpto, plantinhas de viveiro e cada uma com uma ferramenta. Uma trazia uma forquilha e a outra, uma picareta.

Eu nem sabia se havia de rir ou de chorar. Rir pelo cómico da situação ou chorar, pela certeza de quem ia ter que fazer aquela horta seria eu!

Mas uma dúvida ficou para sempre. Qual seria a verdadeira intenção das moças?


1. Sabiam perfeitamente o que faziam, e resolveram vestir o papel de inocentes urbanas, gozar com a minha cara de “Toino” e puseram-me a cavar para elas;
2. Eram de facto inocentemente urbanas e pensavam mesmo que aquele era o material necessário para fazer uma horta;
3. Então a forquilha e a picareta não são as ferramentas ideais para iniciar uma horta?
4. O que é uma forquilha e uma picareta?

quinta-feira, setembro 08, 2011

Ensaio

Durante alguns anos e perante uma sentida indiferença por parte da sua mulher, de cujo amor nem sequer tinha dúvidas, (achava apenas que ela tinha um problema egocêntrico, que desequilibrava a relação (e quem não tem?)), desejou encontrar alguma forma de provocar algum ciúme nela. Pareceu-lhe uma forma suave de lhe dar a entender, que ele tinha também, um centro de gravidade. Sempre preferiu que as pessoas entendessem as coisas por elas próprias do que ter de lhes dizer, olhos nos olhos, aquilo que pensava, apenas porque sentia que assim, obteria uma reacção espontânea e não forçada por uma imposição.

De qualquer forma nunca encontrou nenhuma forma de o fazer, nem teve sequer a coragem necessária para a procurar. Mas cada vez sentia que merecia mais atenção do que a que lhe era dada, e pior, cada vez sentia uma maior indiferença.

Mas a vida não pára e de repente, numa reviravolta só mesmo possível em histórias de blogue, ele deparou-se com uma sequência extraordinária, de casos de assédio. A maior parte desses casos eram totalmente inocentes, mas outros, davam-se de forma séria e descarada, de tal forma que o “clic” que ele tanto procurava se deu. Ela percebeu finalmente que o casamento no papel, só por si, não garantia a eternidade da relação, e que para que este durasse, tinha que o “alimentar”, e mais, apercebeu-se que ele era ainda um homem capaz de causar atracção, e também que ele, talvez de tanto se sentir ignorado na relação, estava mais disponível para elas.

E finalmente ela reagiu, só que a sua reacção não foi a mais sensata. Foi tomada pelo pânico e em vez de lutar, voltando a atraí-lo, atacou-o com agressões constantes de ciúmes. E claro, a estratégia não funcionou. Se ele já se sentia perdido naquela relação, naquele momento, em vez de perdido começou a ver apenas uma luz num fundo de um túnel. Um túnel que era a porta de saída.

No fundo ele só queria atenção, mimo e admiração. O que ele queria era voltar a tê-la alegre, voltar a tê-la com amigos, voltar a tê-la descontraída, voltar a tê-la com vontade de sair à noite, beber um copito e depois dizer umas parvoíces, voltar a tê-la arranjada, sensual. Voltar a tê-la a tempo inteiro para o casamento. Só isso…

quarta-feira, setembro 07, 2011

Pode ser a gota d'água

Voltei lá

Isso mesmo. Mais de vinte anos depois voltei à praia onde, em plena adolescência, passei dos momentos mais felizes da minha vida.

Este “regresso ao passado” começou no facebook, com muita gente a aderir, mas em cima da hora, éramos pouquinhos para o almoço. Eu nem sabia bem quantos seriam, mas fui na mesma. E não me arrependo.

Naqueles quatro anos em que passei por lá as minhas férias de Agosto, vivi um registo, impressionante para mim, de troca de beijos de verão e de “amassos”, com quatro miúdas diferentes. Das 5 que foram ao almoço, 2 delas estavam lá. Eu, curiosamente, era o único homem. Almoçámos e passámos a tarde inteirinha na esplanada da praia a conversar, a reviver os momentos antigos, a contar os momentos da vida que nos tinham levado até ali e a fazer vagos planos para o futuro.

Gostei, de estar com elas, de saber delas e dos outros (porque cada um de nós sabe sempre alguma coisa de um outro), mas gostei também de conviver com aquela gente. Gente tão diferente desta gente aqui do interior, gente com uma mentalidade moderna e descomplexada, a que toda a vida eu estive habituado e que à custa de mais de 20 anos por estes lados, quase me esqueci que existiam. Por isso ri, ri muito e falei, falei muito e descontraidamente, e isso foi, para mim como lavar a alma. Vim de lá leve e feliz.

Da melancolia do dia seguinte, falo depois.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Domingo em Havana



O Hotel Sevilla, onde estávamos instalados, tinha tido um passado imponente, antes da nacionalização, logo após a revolução de 1959 de Fidel e seus companheiros. Uma foto, no átrio principal, mostra o Comandante comemorando com os funcionários do hotel, a fuga dos proprietários. Com uma limonada (azeda, digo eu). Outras fotos mostram personalidades importantes dos anos 50. Por aquele hotel passaram figuras como Al Capone e Graham Greene. Este último chegou mesmo a escrever um romance centrado nesse hotel – O nosso agente em Havana. Outros tempos. Hoje os empregados são funcionários públicos, certamente mal pagos, e o hotel acaba por reflectir isso mesmo. De qualquer forma bastante bom para a cidade em questão. Além disso está muito bem localizado. Mesmo no centro da cidade, tem uma das fachadas viradas para a grande avenida “Passeo del Prado”, uma avenida, com um passeio largo ao centro, arborizado e empedrado.

Era para essa avenida que estava virado o meu quarto e num fim de tarde de um normal Domingo, enquanto tomava banho e me vestia ouvia, vindo da rua, um som latino de tango. Assim que me abeirei da janela pude ver que, mesmo por baixo, no meio da Avenida, estavam a fazer o que mais tarde vim a saber, era uma Milonga (se não sabem o que é, Google it).

Lá de cima via vários casais a dançar tango e até aqui tudo normal, e como estava já despachado e à espera do resto das pessoas, resolvi ir ver mais de perto e digo-vos, o que vi, alterou tudo aquilo que eu pensava sobre dança. Agora, como é que vou conseguir explicar isso?

Nem tudo o que se sente, o que nos emociona se explica por palavras, ainda por cima, escritas. Mas eu, que nunca fui muito dado a danças, pela primeira vez consegui captar um sentido, um sentimento na expressão dos intérpretes. No meio daquele exotismo, daquele calor tropical, fiquei fascinado com o movimento dos corpos, com a sensualidade que deles transparecia e perguntava a mim mesmo se depois daqueles movimentos, seria possível um casal não continuar outro tipo de danças num outro local mais discreto. Tal era a cumplicidade de uma dança que, na sua forma mais perfeita, parecia parte de um "pré" preliminar, de algo ainda mais intenso.

Vejam as fotos e tentem imaginar. Não sei se conseguem, mas para mim é uma imagem e um sentimento que nunca mais esquecerei. Marcante.






quinta-feira, setembro 01, 2011

Fantasia de Carnaval



Havana, Cuba. Noite quente e húmida. Carnaval na cidade (pelos vistos, em Cuba, o Carnaval é quando um homem quer). Uma multidão de cubanos a participar no desfile e outra ainda maior a assistir. Poucos turistas no meio de toda aquela confusão.

E no meio dessa confusão reparo numa mulatinha a olhar-me de uma forma descaradamente sedutora. Tudo isto com a minha mulher ao lado, felizmente, distraída por uma conversa com um grupo de cubanos que animava o meu grupo. Eu, como sempre, perdido na multidão, nas cores, nos sons, nos ritmos, no calor húmido.
A moça insiste e eu fico com vontade de lhe “dar trela”, apenas para ver até onde aquilo pode chegar. Como quem joga um jogo arriscado.

Ela manda-me beijos pelo ar e eu respondo com sorrisos envergonhados, mas de cada vez que olho, estamos mais perto. Tão perto que já estamos encostados lado a lado e falamos. Fala ela. Faz perguntas e responde com propostas indecentes. Eu respondo sempre “não é que não queira, mas não posso passar daqui.” Ela pergunta-me onde vou estar mais logo, amanhã, depois,… Eu desconverso com perguntas banais. Ela vai dando beliscos pelo meu corpo e provocando. Difícil resistir, difícil disfarçar… Ela tem um paninho daqueles que quase todos os locais usam para secar a humidade que corre pelo corpo e passa-o pela cara, pelo pescoço, pelo peito e eu quase agarro o pano para me secar a mim também. Tento distrair-me com desfile de carnaval e quase consigo. Nalguns momentos consigo mesmo, mas ela volta a aproximar-se. Perdi a noção do tempo. Não sei quanto tempo durou este jogo. 10, 15, 20 minutos.

Ela era do grupo de cubanos que estavam a conversar com o meu grupo de 6 pessoas. Ninguém se tinha apercebido e no fim ainda fomos apresentados. Que adiantava? Eu já sabia o nome dela e conhecia as suas intenções. Lisandra e finalmente trocámos uns beijos. Inocentes na atitude mas não na intenção. Inocentes beijos na cara.

Agora a história a frio. É claro que ela não se apaixonou por mim naquele instante. Eu sabia e ela sabia-o melhor ainda. O dinheiro do turista vale muito mais do que o dinheiro deles e infelizmente aquela gente aprende, desde cedo, a sacá-lo. E nós, homens, somos alvos fáceis. Eu apenas estava mais à mão, no meu isolamento. E mais, afinal nem todos tinham passado sem se aperceberem. Um dos meus primos (o único homem da minha idade) também deu conta, (vá-se lá saber porquê). De resto passámos despercebidos, mas eu contei tudo a todos. Se calhar fiz mal.

No entanto, para mim, guardo o momento e a fantasia.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Cuba, Mi Amor



Tirando Varadero, de magníficas praias e hotéis, Cuba é um País de encantos e sentimentos contraditórios. A cidade de Havana, que conheci melhor, contradiz-se na degradação e destruição do seu património urbano e na alegria do seu povo, apesar de preso a um sistema político imposto e reposto.

Como no Brasil, voltei fascinado com a natureza exuberante, o verde acima de todas as outras cores vivas do campo e da cidade, com o calor, com a humidade, com as chuvadas repentinas e com o sol que se lhe segue, com a música presente em todas as esquinas, com os ritmos daquela gente, mistura de tudo e de todo o lado, com a facilidade com que se faz do Rum uma bebida refrescante e no fim de tudo, ou mesmo antes de tudo, com a sua sensualidade.

As pessoas são de uma simpatia contagiante e quando nos falam fazem como se nos conhecessem há anos, com uma intimidade que chega a ser arrepiante e irresistível. São pessoas simples, cheias de ritmo no corpo. Corpos de pouca roupa, habituados ao calor húmido que escorre em nós e que nos empurra para desejos que até parecem naturais. Dia e noite. O desejo que escorre em nós. Usamos panos para secar o desejo, mas ele volta cada vez mais forte, e os olhos dizem aquilo que queremos esconder. Terrível. Enfim… Por isso tudo esta frase que mais me ficou no ouvido: Mi Amor.

Cuba ficou no meu top 5. :)

Voltarei mais tarde com pormenores intensos, se for capaz de os descrever.

sexta-feira, agosto 12, 2011

Férias

Estou a gastar os últimos cartuchos deste último dia de trabalho. Amanhã vou de viagem. Duas semanas para recuperar o resto do ano. Acho que não me vão faltar motivos para isso. :))
Fiquem bem, ou então vão também. :)

terça-feira, agosto 02, 2011

Saravá!




Um fim-de-semana tórrido, uma Feira de uma vila do interior e eu, plantado num expositor institucional, sem grande coisa para fazer senão marcar presença e olhar para quem passa.

Aproveitei então para ir apreciando uma das mais perfeitas e belas obras de arte da natureza. Nada mais tem o poder de me deixar naquele estado, meio zen, com os meus pensamentos afastados de tudo e de todos, do que a beleza de uma mulher. E foi quando vi esta moça da foto que atingi o nirvana contemplativo dessa noite. Mesmo assim fui capaz de ter o discernimento (ou não), de tentar, completamente absorto dos riscos que poderia correr, agarrar a aura do momento. Mas a coisa correu bem, e com a maior descrição, dignidade e anonimato, consegui captar aquilo que via e sentia.

Algumas mulheres, pelo que são, pela forma como se adornam e pela maneira como mostram aquilo que de mais bonito e mágico têm, merecem todo o meu respeito e homenagem. Às vezes esqueço-me, mas este blogue é quase todo dedicado a elas.

Como dizia o grande poeta Vinícius, Saravá!

“Saravá, assim como axé, selam conversas e têm conotação positiva.
Saravá também pode significar "salve" ou "viva", por influência africana no idioma português do Brasil. É usada nesse sentido específico pelo poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes.”
Fonte: Wikipédia.

quarta-feira, julho 20, 2011

Nós homens temos umas ideias um bocado parvas, mas ainda assim somos felizes

Mas, valerá a pena mudar?

Em tempos, não tão antigos, que este blogue nem sequer existisse, cheguei a pensar que o facto de uma mulher usar ou não cuecas fio-dental lhe revelava uma parte interessante da sua personalidade. Nua e crua.

Um dia, conheci uma mulher que as usava e o mito ruiu. Com estrondo!

Mas como sou homem, voltei a desenvolver mais uma teoria idêntica à anterior, embora ache que desta vez acerto em cheio. Esta nova teoria, que se tem desenvolvido neste meu rebuscado cérebro, está relacionado com as tatuagens. Uma tatuagem por si só já revela algo da personalidade de uma mulher, agora, o desenho e o local da dita, ainda dizem mais.

Por isso, agora, procuro tatuagens em corpos de mulheres e tento interpretá-las, desvendar o que está por trás dela. Talvez um dia tenha a oportunidade de demonstrar na prática a mim mesmo esta minha teoria.:)

terça-feira, julho 19, 2011

Pequenos azares

Fui de fim-de-semana para a praia mas, com a nortada que varre este País, de Caminha a Sagres, acho que teria visto mais coisas bonitas e frescas, no centro comercial cá da terra, a 200 km do mar, do que de facto vi naqueles extensos areais.

sexta-feira, julho 15, 2011

Essas meninas

As meninas de hoje têm tanta pressa de ser crescidas, que acabam por nos deixar, a nós, homens feitos, confusos e às vezes até, envergonhados com as coisas que nos passam pela cabeça. E temos que aguentar impávidos e serenos como se nada fosse. Enfim, sinais dos tempos…

Ou talvez não. Vinícius de Moraes e Toquinho já falavam disso numa música cujo registo mais antigo que encontrei foi de 1971, chamada “Essa Menina”. Problema antigo afinal. :))





Você não tem mesmo o que fazer, essa menina
Como é que você já fica toda feminina
Como é que você olha pra mim
Com essa falta de respeito
Olhe que isso assim não está direito, essa menina

Como é que você novinha assim toda se empina
Como é que você quando me vê
Sai requebrando desse jeito
Tudo nesta vida tem a sua hora, viu?
Pois você me diga agora onde é que já se viu
Querer ser colhida assim tão fora de estação?
Olhe, essa menina, suma, vá-se embora, tenha compaixão

Eu já nem sei mais o que fazer com essa menina
Sem desmerecer sua beleza tão divina
Bem, ela vai ver, então vai ser
Tal como manda a natureza, viu?

terça-feira, julho 12, 2011

segunda-feira, julho 11, 2011

Coisas simples do dia-a-dia

Na sexta-feira passada, numa reunião fora de trabalho, (assunto sobre o qual ainda não quero falar) eu e a minha mulher fomos surpreendidos pela entrevistadora com uma frase no mínimo arriscada para a posição dela.

Talvez com uma hora de entrevista decorrida, eu já nem estava nervoso e falava pelos cotovelos. Depois de uma qualquer frase minha, ela olha para mim, meio surpreendida, fica um segundo ou dois sem resposta e com ar confiante diz qualquer coisa como isto: Gosto de si, ou gosto do seu marido, é engraçado.(eu fiquei igualmente surpreso e por isso nem fixei bem)

Modéstia à parte, eu até já tinha percebido isso, não só porque a entrevista, que estava para durar 1 hora acabou por durar quase 2, mas também porque eu, em alguma pessoas, já consigo ver para além dos olhos. E posso dizer que também gostei dela e também lhe achei piada. Fiz sempre questão de lhe falar abertamente, com muita sinceridade e olhos nos olhos. Apesar de um assunto delicado, estava bem disposto e com um discurso descontraído.

Mas que bem fez ao meu ego aquele elogio tão espontâneo. Puxa! Estava mesmo a precisar! :)

terça-feira, julho 05, 2011

Vamos então dar a volta a isto

Este era um blogue positivo e eu tinha orgulho nisso. Era um blogue que festejava as coisas boas da vida. Música, cinema, livros, relações entre pessoas, mulheres bonitas, paixões possíveis e principalmente as impossíveis. Sonhos bons, enfim... Tudo o que não é agora, por isso, bora lá mudar isto, ok?

terça-feira, junho 28, 2011

Ainda

Não conversei. Não lhe disse. Não lhe confessei que passou… Não lhe confessei o que sinto... Enfim, alguém aqui dizia, e com razão, que é preciso atingir um extremo. O problema é que os meus extremos estão sempre muito longe. Tenho um perímetro "paciental" enooooooooorme. :))

quarta-feira, junho 22, 2011

Desabafo

Vou ter de conversar. Vou ter de lhe dizer. Confessar-lhe que passou… Confessar-lhe que, o que sinto, talvez já não chegue… Confessar-lhe que preciso de mais… Confessar-lhe (outra vez) que não me sinto feliz, que esperava uma vida diferente. Confessar-lhe (outra vez) que me sinto só.

Vou ter de lhe dizer que a culpa não foi dela nem minha. Que foi dos dois. Que se calhar fizemos a escolha errada, numa precipitação de adolescente armado em adulto. Que temos de ultrapassar este drama, sem dramas, porque acredito que ainda podemos encontrar a nossa felicidade. O nosso equilíbrio.

Será?

Voando baixinho

Perdi-me da minha nuvem e tenho andado a voar muito baixinho, quase rente ao chão, chegando mesmo rastejar. Aqui de baixo a perspectiva é diferente. Vê-se menos e pior, por isso quase não escrevo. Pode ser que passe. Espero que passe.

quarta-feira, junho 15, 2011

"Every Teardrop Is A Waterfall"

É isso mesmo!!



Fico muito sensibilizado pela homenagem. Muito obrigado. :))

quarta-feira, junho 08, 2011

terça-feira, maio 31, 2011

Santos e loucos ou o seu meio termo

"Esse género de decisão, a dos santos e dos loucos, não se apregoa. Vai-se forjando a pouco e pouco, nos meandros do espírito, à revelia da própria razão e longe de olhares indiscretos, sem a submeter à aprovação dos outros - que nunca a concederiam - até que se põe em prática. Imagino que, no decurso desse processo - a concepção do projecto e a sua mutação em acto - , o santo, iluminado ou louco, se vai isolando, se vai encerrando numa solidão que os demais não estão em condições de violar."

Mario Vargas Llosa - O Falador

segunda-feira, maio 23, 2011

A melhor forma de começar a semana


Com esta dose de alegria e positivismo. :))

terça-feira, maio 17, 2011

Será?... (II)

Li em qualquer lado que o facto de não se ser feliz, por si só, seria razão suficiente para acabar um casamento. E tudo o que está para trás? Não conta?

Everything is temporary anyway




Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around
Me, I think it all depends on you
Touching ground with us but
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself it's the best way to be
When I'm all alone it's the best way to be
When I'm by myself, nobody else can say goodbye
Everything is temporary anyway
When the streets are wet, the colors slip into the sky
But I don't know why that means you and I are, that means you and I
I quit, I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And I quit I give up, nothing's good enough for anybody else,
It seems
And being alone is the best way to be
When I'm by myself, it's the best way to be
When I'm all alone, it's the best way to be
When I'm by myself, nobody can say
Me, I'm a part of your circle of friends
And we notice you don't come around

segunda-feira, maio 16, 2011

???

Mas o que é que fizeram com os meus "posts" e com os comentários do pessoal aqui do blogue? Assim não dá!!
Amanhã vou tentar recuperar tudo...

quinta-feira, maio 12, 2011

Será? Naaãooo...!

Quando uma mulher, amiga de longa data, após vários anos sem se verem, beija um homem, num cumprimento normal de dois beijinhos e lhe mete uma mão na nuca, afagando-lhe o cabelo isso significa... ?

Por falar em livros

Por falar em livros, estou prestes a entrar na parte da biografia do nosso antigo Primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, em que ele se apaixona por outra mulher e na sequência se separa da mulher com quem estava casado e de quem tinha 5 filhos. Quero perceber como é que um homem algo conservador, católico praticante, figura de destaque nacional (embora nesta altura ainda não fosse Primeiro-ministro), termina um casamento, apaixona-se por uma outra mulher e decide largar tudo para viver essa paixão. Estou curioso.

quarta-feira, maio 11, 2011

Desafio literário

Não sou muito destas correntes, mas de vez em quando abro uma excepção. Esta desafio veio destes lados e eu acabei por gostar de o "desfiar". Então aqui vai:

1 - Existe um livro que lerias e relerias várias vezes?
Acho que não. A vida parece-me curta, para tanto livro que ainda quero ler pela primeira vez…Mas nunca se sabe.

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Só existe um e só tentei uma vez. “Memorial do Convento” do José Saramago. Não pela escrita que muitos criticam, mas apenas porque sou demasiado terra-a-terra para me entusiasmar com almas que, quando saem de dentro dos frascos, voam.

3 - Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?
Ainda não li nenhum livro assim. Não leio poesia, mas acho que teria de ser poesia, porque são livros sobre os quais podemos tirar várias interpretações, conforme o nosso estado de espírito. Já agora, algum conselho?

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?
O Principezinho. Não o li em adolescente (quando todos lêem) e agora parece-me tarde, mas não é pois não? Um destes dias vou ler.

5- Que livro leste cuja 'cena final' jamais conseguiste esquecer?
2666 do escritor Chileno Roberto Bolaño. Depois de mil páginas de um livro com diferentes histórias, algumas densas e pesadas, o escritor morre sem acabar o livro e por isso, pelo menos para mim, o livro acaba sem final. Isto é, não há, aparentemente, uma ligação entre todas as partes do livro. Mas conheço muita gente que gostou. Não se deixem impressionar pela minha opinião.

6- Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Não, não tinha. Os livros dos “Sete” rebolavam lá por casa e eu, volta e meia, até os começava a ler, mas depressa a minha cabeça voava para longe…muito longe. Acontecia-me o mesmo nas aulas. Só já depois de estar a trabalhar e estudar ao mesmo tempo, aprendi a concentrar-me e a tirar prazer de tanto quanto um livro tem para nos dar. E isto não foi assim há tanto tempo. talvez nem dez anos. Tento recuperar as leituras atrasadas, mas não está fácil.

7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Posso repetir o 2666? Ah, posso também colocar aqui o livro “O Estrangeiro” de Albert Camus. É que o homem da história nunca se decidia, puxa! Que grande chato. (sem ofensas para os apreciadores, que sei que há muitos)

8. Indica alguns dos teus livros preferidos.
Eu sou um fã do Brasil e dos climas tropicais, por isso tudo o que tem a ver com o Brasil, normalmente gosto. Claro que no topo estão os livros do Jorge Amado e Machado de Assis. Gosto da época de cada um.
Fiquei fascinado com o “Dona Flor e seus dois maridos”, preso entre as minhas parecenças com o Farmacêutico (embora ele toque fagote e eu clarinete) e a minha vontade de ser como o Vadinho.
Outro autor Brasileiro que gosto imenso, o Laurentino Gomes. Li os livros “1808” e “1822” e adorei. Como se pode evitar um livro que tem na capa o seguinte frase: “Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado.” Uma maneira de ler história do Brasil e de Portugal de uma forma simples e descontraída, sem no entanto deixar de ser séria e rigorosa.
No meu topo está também o “Equador” do Miguel Sousa Tavares, pela aventura da missão da personagem, pelo ambiente quente e húmido, quase sufocante que adorava experimentar, e que acabam normalmente numa chuvada arrebatadora, pelo sonho e pelos impulsos descontrolados de paixão.

9. Que livro estás a ler neste momento?
“Sá Carneiro” de Miguel Pinheiro, porque gosto de ir alternando ficção com história

10. Indica dez amigos para o Meme Literário:
O que é o Meme Literário???? Olhem, se alguém se sentir com vontade, considere-se desafiado, ok?

terça-feira, maio 03, 2011

A chave dos sonhos

Não sei se é por ter chagado aos 40 (na verdade já vou nos 41), que me invadiu uma vontade imensa de mudança, de tornar a minha vida mais minha, isto é, mais virada para aquilo que me faz verdadeiramente feliz em termos pessoais e profissionais. MUDANÇA.

Infelizmente os riscos dessa mudança são tão grandes que me perco no “vou, não vou” e quando der por ela, não fui. É o costume…

Tenho motivos suficientes para pensar mais que uma vez. Casos muito próximos de pessoas que na ânsia de mudar ficaram pelo caminho e perderam o que tinham sem atingir os seus sonhos, sonhos esses que acabaram em tremendos pesadelos.

Razões válidas para pensar cuidadosamente se vale a pena procurar a chave que abre a porta dos sonhos.

Pronto para o que vier

Talvez seja um sentimento um bocado egoísta, ou então meio de revolta, não sei bem. Mas quando me olho para dentro e me vejo sem Pais e sem filhos, sinto uma estranha tranquilidade de quem tem a sua missão cumprida.

quarta-feira, abril 20, 2011

segunda-feira, abril 18, 2011

Parece que vem aí chuva

Bem prerciso de um tempinho livre. :)

terça-feira, abril 12, 2011

Até quando?



E a minha boca (até quando?)
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
"- Sei de um rio…
Sei de um rio…"

Sei de um rio…
Ai!
Até quando?

quarta-feira, abril 06, 2011

Sou fã



Carnavalzinho by Antonia Adnet Antónia Adnet. Fiquei fã dela num DVD da Roberta Sá e fui à sua procura no facebook. Econtrei, pedi amizade e ela aceitou. Só por isso vale milhões. Mas vale muito mais, pela sua música e pela forma como canta e pela forma doce como diz os "es" e os "os". Sou mesmo fã.

terça-feira, abril 05, 2011

Acho que já disse aqui isto, mas está a apetecer-me muito dizer outra vez

É uma pena só nos ser permitido pedir divórcio às nossas mulheres (ou maridos, conforme os casos)...

Desabafo cheio de palavras entre-parênteses (por pura coincidência)

Se há coisa de que gosto no Facebook (FB) é o facto de ver um DVD musical (que é um dos meus passatempos preferidos) e ficar fã de um(a) artista, pedir-lhe amizade no FB, ser aceite (Yes!!) e ainda por cima, conseguir trocar uma ou duas palavras (escritas) com essse(a) artista! Demais!! :))

quarta-feira, março 30, 2011

Todos somos anónimos e todos temos uma história

PeoPLe from Alvaro C on Vimeo.



A minha...

Estão a lançar-me sinais que eu não consigo interpretar. Não estou certo da sua origem e da sua verdadeira intenção. E tenho medo de ser iludido em coisas tão sérias e definitivas. Logo agora, numa altura em que o meu caminho me parece tão pouco consistente, sou pressionado a dizer sim ou não.
Mas provavelmente, este é o empurrão que me falta. Para um lado ou para o outro.

segunda-feira, março 28, 2011

Lembranças

Tenho o estranho hábito de ter sempre alguma coisa na mão, para mexericar. Alguma coisa agradável ao toque. Ainda agora, aqui no escritório, o meu entretém é um porta-chaves de borracha da "IBM", que me deram há tempos num encontro técnico.

Um outro brinquedo que tive, foi uma daquelas bolas dos ciprestes (de seu nome técnico, gálbula) que guardei de uma antiga formação de campo e transportei no carro durante muito tempo. Um tempo que, por coincidência (ou não), me ligou a uma moça importante na minha vida.

Numa altura em que soube que a moça se ia embora, resolvi transformar a bolita numa lembrança que me pudesse "transportar" com ela. Algo que fosse verdadeiramente pessoal. Por me ter pertencido e por ter sido eu a fazê-la. Acabei por fazer daquilo uma espécie de bolacha para ser usado como pulseira ou colar. É o que aparece na foto.

No final, acabei por achar que a moça não a merecia, porque não perceberia o significado de um objecto tão simples e tosco e fui guardando a "coisa" à espera do dia em que acharia que ela compreenderia. Até hoje…

Encontrei agora a “coisa” no porta-luvas do carro e lembrei-me. De tudo. Afinal a recordação ficou para mim.

quinta-feira, março 24, 2011

E o tempo que eu procurei esta música

Meio enganado por vozes conhecidas escondidas num grupo de bonecos. Mas finalmente encontrei-os. Maria Clementina
"Então, meu bem, vou ser alguém."

terça-feira, março 22, 2011

Agora que tanto se fala na nossa geração

Aqui fica a minha, a geração de 70. (Reparem na parte da letra a "negrito")



A minha geração, já se calou, já se perdeu, já amuou,
já se cansou, desapareceu, ou então casou, ou então mudou
ou então morreu: já se acabou.

A minha geração de hedonistas e de ateus, de anti-clubistas,
de anarquistas, deprimidos e de artistas e de autistas
estatelou-se docemente contra o céu.

A minha geração ironizou o coração, alimentou a confusão
brincou às mil revoluções amando gestos e protestos e canções,
pelo seu estilo controverso.

A minha geração, só se comove com excessos, com hecatombes,
com acessos de bruta cólera, de morte, de miséria, de mentiras,
de reflexos da sua funda castração.

A minha geração é a herdeira do silêncio,
dos grandes paizinhos do céu,
da indecência, do abuso.
E um belo dia fez-se à vida,
na cegueira do comércio

A minha geração é toda a minha solidão, é flor da ausência, sonho vão,
aparição, presságio, fogo de artifício, toda vício, toda boca
e pouca coisa na mão.

Vai minha geração, ergue a cabeça e solta os teus filhos no esplendor do lixo e do descuido,
Deixa-te ir enquanto o sabor acre da desistência vai corroendo a doçura da sua infância.
Vai minha geração, reage, diz que não é nada assim,
Que é um lamentável engano, erro tipográfico, estatística imprecisa, puro preconceito,
Que o teu único defeito é ter demasiadas qualidades e tropeçar nelas.

Vai minha geração, explica bem alto a toda a gente
Que és por demais inteligente, para sujar as mãos neste velho processo, triste traste de Deus.
De fingir que o nosso destino é ser um bocadinho melhor do que antes.
Vai minha geração, nasceste cansada, mimada, doente, por tudo e por nada, com medo de ser inventada
O que é que te falta, agora que não te falta nada?
Poderá uma pobre canção contribuir para a tua regeneração ou só te resta morrer desintegrada?

Mas minha geração,
Valeu a trapaça, até teve graça, tanta conversa, tanta utopia tonta, tanto copo, e a comida estava óptima! O que vamos fazer?

segunda-feira, março 21, 2011

Deuses à parte

Sinto-me sufocar entre a decisão de sair do jogo rapidamente ou a de ficar e apostar tudo o que tenho. Eu só não queria manter o jogo, nas supostamente, controladas e pequenas apostas, que me vão dando a sensação de estar a perder “fichas”.

quinta-feira, março 17, 2011

Ainda no domínio dos Deuses

Neste caso, no domínio da Deusa Afrodite, no British Museum.


Há sempre, pelo menos, duas perspectivas para analisar uma obra de arte e raramente a observamos, assim, desta forma, como mostra a segunda foto. Por pudor, talvez. Mas para o artista a obra é um todo e a arte está em todas as suas perspectivas. Eu gosto de ver estas obras como um todo. Por isso a fotografei assim, sem pudor. :)

segunda-feira, março 14, 2011

No Domínio dos Deuses

Num ambiente acolhedor, ameno na temperatura e na meia-luz, mas forte nas cores, a música relaxante parece que a pouco e pouco se vai desvanecendo. O chão é o nosso contacto com a base.

Pronto para a magia pura. Umas mãos que parecem encantadas na forma como moldam o meu corpo. Mãos de um corpo que lentamente percorre o meu, num contacto relaxante, sensual. Muito sensual. Cada vez mais sensual. Não a vejo, mas sinto-a em pleno, por todo o meu corpo. Uma pele macia como nunca tinha sentido em mim, uma respiração profunda e calma, à procura de entrar em sintonia com a minha. Uma respiração que entra em todos os meus sentidos. Cada vez mais envolvente. A cada compasso de algo que não era tempo, sinto mais partes do seu corpo no meu. De cada vez com maior intimidade, de cada vez com maior sensualidade. Já só respiro o seu corpo e estou nas nuvens. Sinto que pela primeira vez alguém entende o meu ritmo e a minha alma. Alma cheia. Corpo leve. Parado no tempo.

O tempo volta com um convite para carregar num botão, que eu não vejo em lugar algum e em que não carrego. Quero ficar naquele instante para sempre.

A magia desvanece-se, fica a realidade mas a alma continua a encher. Alguma coisa parece não nos querer separar (?), porque parecemos íntimos e encantados (?). Ela parece-me feliz e descontraída e faz-me descontrair também feliz. Eu gosto dela. Parece-me verdadeira, mas nos sonhos nunca podemos ter a certeza. Só a certeza de que sonho na perfeição do mundo de uma Deusa.

sexta-feira, março 11, 2011

Estou em processo de aterragem

Enquanto não volto a 100%, vejam aqui uma das coisas que eu vi, ao vivo e a cores. :)

sábado, março 05, 2011

Outra vez de viagem

Desta vez a Londres seguindo as pisadas de Darwin nesta cidade.

sexta-feira, março 04, 2011

Waterfall no Templo de Atena

Uma viagem ao mundo dos sentidos e da felicidade simples e pura.

quarta-feira, março 02, 2011

Efeito "por tabela"


Uma mulher pode ser a mais bonita e mais doce do Mundo, mas se gostar de alguém que eu não goste, então aí perde todo o encanto para mim. Para dar um exemplo que todos conhecem, a namorada do Cristiano Ronaldo, um mulherão, não tem qualquer tipo de dúvida. Mas o que faz ela com aquele paspalho, gorduroso e nosguento? É que eu não entendo. E se eu não entendo acho que nunca a entenderia. Está fora. Tenho dito!

Isto passou-se e passa-se na minha vida real com algumas pessoas. Assim que me lembre, talvez umas duas ou três. :))

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Devaneios de uma tarde de Sexta ao sol

Gosto de ver as moças de saias. Volta e meia devia ser obrigatório. Já perdi a conta às que impingi à minha mulher e que ficam no armário por estrear, mas isso é outra história. Gosto porque gosto. Ponto final.

E por falar noutra história, estou ansioso pelo início do verão. O que acontecerá quando o calor apertar, começar a subir por essas pernas acima e as moças que usam agora aqueles collants grossitos, apenas com umas “imensas” minissaias ou calções, tiverem que os tirar? Vão deixar-nos de cabeça perdida? Se assim for, por favor, avisem-me para eu me preparar, caso contrário, sou bem capaz de me começar a espetar contra os postes e de atropelar várias velhinhas nas passadeiras. Obrigado.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Já decidi


Quando vender a quinta vou comprar uma floresta.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

A época de aparvoar este ano chegou mais cedo. :)


Estava um destes dias a ouvir na rádio, uma investigadora falar sobre sexologia feminina, quando a ouvi dizer que, nos inquéritos que desenvolveu para o estudo que fez, (estudo esse que deu origem ao livro de cima), a maior parte das mulheres mencionou o sexo em grupo, como sendo a sua fantasia sexual mais estimulante.

Perante isso só me pergunto, mas porque é que ainda ninguém me chamou???!!!

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Nas coisas do amor

Já lá vão alguns anos desde que tive a sorte de passar, quase de raspão, pela vida de uma miúda muito especial. Ao contrário, ela entrou na minha e ficou. Guardo-a na memória até hoje. Porque a desejei, porque lhe tive que resistir, devido à paixão que o meu melhor amigo tinha por ela, mas principalmente porque, pela primeira vez na vida, me fez sentir numa relação adulta e intensa. Vivi alguns dos dias mais felizes e mágicos da minha vida.

Foi o verão do Rui Veloso e dos seus “Mingos & os Samurais”, foi o verão dos grandes concertos do Phil Collins e nós estávamos na magia da primeira semana de férias. Por sorte (mas não por acaso), os nossos Pais imaginavam-nos na escola, e por mais um feliz acaso, ela estava sozinha em casa. Deixou de estar. Ficámos por lá os dois juntos, 4 ou 5 dias.

Foi a mulher que me ensinou que há muito mais numa relação sexual além do acto em si, acto esse a que, curiosamente nem nunca chegámos. Apenas porque para ela, eu era só um consolo numa zanga de um longo namoro e por isso não quis ir mais longe. Mas andámos perto. Mesmo muito perto.

Morena, decidida, um pouquinho mais velha e muito mais experiente em quase tudo na vida do que eu, era uma moça com uma dose certa de loucura, que a fazia capaz de, num minuto, tomar uma decisão que eu levaria 24 horas a decidir. E eu gostava disso, mas gostava também da forma como namorávamos. Do erotismo com que nos envolvíamos e na mestria como ela abordava todos os momentos. Tudo muito puro na procura dos corpos e das sensações de todos os sentidos a dois. Fomos sempre dois nos momentos em que nos envolvemos.

Alguém entende? Fui mesmo muito feliz e nem foi necessário “consumar” nada.

Naturalmente ela voltou para o namorado, eu tive um desgosto enorme e fiquei profundamente abalado (a sério). Nunca mais a voltei a encontrar e nunca mais encontrei alguém que provocasse em mim o mesmo efeito. Terei encontrado algumas mulheres parecidas, terei sentido e sinto em alguns momentos, sensações igualmente intensas mas mais nenhuma mulher foi capaz de se libertar para mim e de me fazer libertar a mim próprio daquela forma. Magia pura.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Encantadas


Pela segunda vez neste blogue:
Simples, leves, frescas e femininas. Um encanto. :)

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Que dia bonito

Eu e as Zonas Húmidas, tudo isto debaixo da inspiração de Iemanjá, a Rainha do Mar. Que dia bonito. :))
2/2/2010
2/2/2009
2/2/2008
2/2/2007

sexta-feira, janeiro 28, 2011

E de repente,...

..., esta semana, parece que todas as mulheres reparam em mim!!!!

Começou na segunda-feira, com a moça da loja dos óculos, para quem, qualquer par me ficava "mesmo bem", e falava, falava e falava. Derretia-se em simpatia, passando por umas míudas que andam por aqui a tirar um cuso qualquer, que passam por mim, sempre cheias de sorrizinhos, segredinhos e olhares fixos, acabando hoje na minha Ex a recordar-me dos bons velhos tempos, que de mim só tem boas recordações e a convidar-me para um cafézinho um dia destes,... Felizmente moramos longe um do outro!

Puxa, que isto não está nada fácil! :))

quinta-feira, janeiro 27, 2011

E quando eu descobrir o segredo...



E quando eu descobrir o segredo
Da nebelina cinzenta
Que torna a água barrenta
E sem perdão me esmaga o peito

E quando se levanta de repente
A névoa que cobre o rio
Que gela tudo de frio
E escurece a corrente

Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...

E quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim

Terei, terei mais uma vez a força
Para enfrentar tudo de novo
Como a galinha e o ovo
Num repetir de desgraças

Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...

Caminhos

Alguém falava por aí na rede, em caminhos e nas escolhas de percursos e eu fiquei a pensar no assunto.

Exactamente porque neste momento estou a seguir a minha estrada, traçada há já muitos anos, e embora as coisas nem sempre tenham corrido como desejei, tenho agora a possibilidade de caminhar na direcção de um objectivo aliciante, colocado mais à frente, mas nesta mesma estrada. No entanto é preciso começar desde já a dar forma a esse objectivo e o problema é que, ao mesmo tempo, tenho olhado com muita atenção e até com alguma tentação, para muitos cruzamentos. E mais, estou sempre à espera de encontrar o “tal” caminho novo ao virar da curva.

E a questão é, a minha dúvida é, a minha insegurança é: posso continuar na minha velha estrada e olhar só em frente, esquecer que existem caminhos diferentes e esperar e fazer por ser feliz nesta mesma estrada; posso desviar o meu caminho, num qualquer cruzamento em que o destino pareça melhor; ou simplesmente posso sair da estrada, caminhar pelo campo e esperar com calma e de espírito aberto, um caminho que me pareça ser o “meu”, feito à minha medida. Porque cada um tem o seu, não tem?

Conquistas

Raras foram as vezes em que conquistei uma miúda, uma moça ou uma mulher a partir do nada. Aliás, tenho que me esforçar bastante para me recordar de alguma dessas situações. Acho que estão naquela parte da memória, em que a realidade se confunde com o mito. Não sei se percebem o quero dizer. Ver, aceitar o desafio, jogar e ganhar.

Tive situações, em adolescente, em que fiquei a meio. Dei dois ou três passos e depois fiz figura de parvo ao não ter coragem de dar o passo final. Todas as minhas namoradas, ou foram elas que me conquistaram ou fomos simplesmente empurrados por amigos e pouco tivemos que fazer. Sou tímido, tenho pavor dos “nãos” e do ridículo. Enfim, tenho pouca auto-confiança e auto-estima.

A longo e médio prazo, tenho a perfeita noção que perdi muitas oportunidades de relacionamentos com mulheres bonitas e vistosas, mas no curto prazo... fica sempre a dúvida. Vivo sempre na dúvida. No “será?”.

Este meu feitio deve ser o melhor seguro de fidelidade para qualquer mulher, se não em pensamentos (mas quem será?), pelo menos em termos físicos. Seguramente. :)

terça-feira, janeiro 25, 2011

Brilho no olhar

Nos meus sonhos viajo numa relação em que, o equilíbrio se faz entre beleza, sensualidade e dedicação ao outro de um lado e o despertar de novos horizontes, novos ambientes e novos hábitos de vida e de cultura do outro. Apenas pelo prazer de dar. Apenas pelo prazer de ver brilhar de encanto uns olhos simples.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Momentos mágicos




Mas uma das melhores partes estava guardada para o último dia. Farto das praias do hotel, sempre à pinha de turistas convencionais, desejosos de beber e comer tanto quanto podem e conseguem, nos últimos dias, comecei a apanhar o transporte público e a procurar praias mais naturais e menos frequentadas. E foi numa dessa praias que, de surpresa, consegui este magnífico momento. Equipado com os meus óculos de água, barbatanas e escafandro, de máquina fotográfica descartável no pulso, fui nadando mar adentro, procurando a melhor forma de esgotar o rolo da dita. E não é que de repente dei de caras com este bicho? Nem imaginam a minha emoção. Momento mágico, em que sozinho, partilhei aquele espaço com aquela tartaruga enorme, que pouco se importou com a minha presença. E só me vim embora porque excitado, queria contar o que tinha visto. Mas nem me dei conta do quanto nadei e do tempo que passou, que quando quis voltar já o sol se punha e já nem eu tinha forças para voltar. Mas valeu. E valeu a sorte de ter levado a máquina para registar o momento. Partilho.


sexta-feira, janeiro 21, 2011

E lembrei-me porque passo a maior parte do ano a trabalhar










Vale a pena, não vale?

Ontem lembrei-me das férias

E lembrei-me também, que nem uma foto aqui deixei. Mais vale tarde que nunca. Bora lá!

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Não me perguntem porquê,...


Mas este, é mesmo o meu tipo de filme.
Mesmo sem a Scarlett Johansson. Grande Woody Allen!

terça-feira, janeiro 18, 2011

Estudo de opinião

Se uma moça me diz que as minhas ovelhas, são as mais bonitas que alguma vez viu, o que estará ela a querer dizer?

  1. Que de facto acha as minhas ovelhas muito bonitas. Só isso e nada mais;
  2. Que estava com uma vontade imensa de dizer que o dono das ovelhas era a criatura mais interessante que ela já tinha conhecido;
  3. Que na sua opinião de Lisboeta urbana, das 10 ovelhas, que em toda a sua vida tinha visto ao vivo , as minhas 5, eram mesmo as mais bonitas.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Pois é!

Estranha esta mania que temos de avaliarmos os outros pela forma como somos ou pensamos. Podia estar a preparar-me para falar aqui de princípios morais e éticos, mas não. Este blogue não é lá muito sério e eu aqui prefiro falar de coisas bem mais corriqueiras.

Isto tudo porque, posso dizê-lo, andei alguns anos enganado em relação a uma coisa. Pensando melhor, andei enganado em relação a muitas coisas. Isto é, eu continuo a andar enganado em relação a muita coisa, mas pelo menos relativamente a esta eu já descobri e já não me enganam mais.

Vamos lá então:

A pessoa que eu melhor conheço na intimidade, não é muito dada, como hei de dizer,…, bem, não investe muito naqueles pedacitos de roupa, cada vez mais pequenos, cada vez mais coloridos e que normalmente não estão muito à vista de todos. Também não quer isto dizer que use roupa interior parecida com a que a minha Avó usava, mas vá, também não anda na linha da frente. Normal. Na sua definição é uma roupa que ninguém vê, não tem que ser bonita nem feia, apenas confortável, barata e em quantidades não mais que as absolutamente necessárias.

Assim sendo, tinha eu a certeza, que a grande maioria das mulheres teriam o mesmo tipo de atitude relativamente a esta problemática. Numa pequena, conservadora e vigilante cidade do interior, ainda mais certezas tinha. Foi por esse motivo que, quando abriu o “grande” centro comercial da cidade, me espantei com a abertura em simultâneo de 4 lojas só de roupa interior, dentro do mesmo espaço comercial. Achei perfeitamente absurdo. Embora achasse as lojas fascinantes, pensei que apenas trariam um pouco de civilização, modernidade e ambiente urbano ao centro comercial e à cidade mas imaginei-as fechadas em poucos meses.

A esta altura do texto já está tudo a rir-se de mim, mas a verdade é essa. Eu acreditava mesmo nisso. Como sou ingénuo, como conheço tão mal e estou tão longe do universo feminino, … Enfim, fecharam algumas lojas, outras mudaram de ramo, mas as de lingerie não. Continuam lá, impecáveis. A exibir com alegria e até orgulho toda a sua sensualidade e beleza.

Conclusão, temos que estar sempre atentos, de olhos bem abertos e partir à procurar de respostas, por mais inúteis que possam parecer as nossas dúvidas. O mundo não é apenas aquilo que vemos ao cimo da água.

Quem me conhece...

Quem me conhece sabe que não “parto um prato”. Ainda bem, assim quando os “parto”, é menos provável que desconfiem de mim. :)

Beleza e Sensualidade

Sinto falta,...

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Quem és, onde estás???

Quem aqui vem, já sabe. O Waterfall sempre foi e continua a ser solteiro. Por isso pensa e escreve o que lhe passa pela cabeça. Livre que nem um passarinho.
Assim sendo ninguém leva a mal que continue de espírito aberto, atento a novas almas. Bonitas, femininas e joviais. E hoje, ao almoço, num grande espaço comercial da cidade (coisa rara, saí do buraco e almocei na cidade) vi uma moça por quem me apaixonei no primeiro olhar. Por sorte (ou talvez por outro acaso qualquer) veio sentar-se a almoçar mesmo à minha frente. Fui olhando para ela, mas não fui correspondido. Entretanto chegaram as amigas com os seus tabuleiros e percebi então que para além das características físicas interessantes, era também faladora e pareceu-me ser a líder, a mais extrovertida de todas as três.

Bonita, feminina, jovial, extrovertida, faladora,…

Quando será que a voltarei a encontrar?

Como posso fazer para a voltar a encontar?

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Desenxovalhado

Na noite de fim de ano disseram-me que eu era um rapaz desenxovalhado. Na altura nem soube se havia de ficar feliz ou triste, mas agora já sei.

desenxovalhado
adj.adj.
Limpo e agradável.

Não é mau de todo! :)

Vazio

Ás vezes acordamos tristes e nem sabemos bem porquê. Uma melancolia, um vazio,.. Terá sido alguma coisa dos sonhos? Ou pior, será algo que e...