segunda-feira, março 31, 2008

sexta-feira, março 21, 2008

Vou até aqui


Volto em breve e inteiro, espero bem.
Até já.

segunda-feira, março 17, 2008

Conversa fiada...

Para a semana vou para a neve, mas vou com vontade de praia. Deve ser por ir fora de época. Estou muito longe do mar e dos benefícios de um passeio à beira mar. A mente abre-se, falo da vida e planeio o futuro. Uma psicanálise, portanto. Vou tentar fazer o mesmo na neve. Mas não é fácil. Na neve as botas apertam os pés, a roupa prende os movimentos e provavelmente, isso prende também os pensamentos. A velocidade das descidas elimina as ligações das frases e das pessoas, e nas subidas, sentados nas cadeiras, só tentamos repor o fôlego. Na praia vou descalço. Isto pode parecer um bocado maricas, dito por um homem, mas é verdade. Os pés livres, em contacto directo com o chão tornam-nos mais simples e mais livres. A brisa fresca e o espaço aberto dos grandes areais e da imensidão do mar das praias que gosto, libertam a mente.

Um dia no Brasil, quando meio apanhado de surpresa, fui a uma reserva índia, convidaram-me a entrar num ritual de baptismo índio. Não levei aquilo muito a sério. Fizeram-nos crer que era um ritual único, que era a primeira vez que estava a ser feito para não índios e nós fizemos por acreditar. As mulheres que me levaram acreditaram piamente, eu fiquei de pé atrás, descalço, mas atrás. A cerimónia durou cerca de uma hora numa palhota do meio da Mata Atlântica. De mãos dadas com os índios numa roda depois de esfregarmos as mão e os pés na terra, dançamos, cantamos e meditamos. Na minha meditação, não fui capaz de fechar os olhos como devia. Estava preocupado que algum dos homens do meu grupo me apanhasse naquela figura. E apanharam. Felizmente sem máquina fotográfica o que deu para, já cá em Portugal, desmentir categoricamente tudo aquilo. Mas acreditem, houve quem chorasse e para a minha mulher aquilo foi tão intenso que considerou o ponto alto das férias. Concluindo acabei por ficar baptizado com um nome índio que só a minha mulher decorou e que me lembro apenas que era um nome de uma madeira muito dura. Será que o cacique percebeu que não fechei os olhos?

Dessa reserva, desse dia, dessas férias, guardo para sempre as índias de cheiro a fumo de incenso e os outros cheiros, de outros fumos que por ali se respiravam. Outros mundos outras vidas. Ficam como alimento de alma. Só porque não é possível vivê-las.

quinta-feira, março 13, 2008

Que raio de título pode ter um post deste?!

Não percebo como é possível, amar tanto uma pessoa e ao mesmo tempo desejar de forma tão intensa outras. Mas é um facto. E não é apenas uma questão física. Eu gosto de mulheres, gosto do desafio que representam e por isso apesar de amar a minha mulher (pelo menos naquilo que eu entendo por amor), sinto-me tremendamente atraído por outras mulheres. Não sei se é do calorzinho desta Primavera antecipada, não sei se é do pólen ou das feromonas, ou se é apenas por que sou homem. Ou tudo junto…

Eu desconfio que na sua grande maioria os homens sentem como eu. Não tenho a certeza se todos sentem, mas acho que sim, quase todos. Penso também que nas mulheres acontece nas proporções inversas, isto é, a grande maioria das mulheres, se ama um homem, não sente desejo por mais nenhum. Será isto verdadeiro?

Depois conto-vos quem inspirou este post. Uma já cá apareceu, em tempos idos deste blog, outra não, é novinha em folha. Ambas consequência das minhas aventuras clarinetistas. Isto lembra-me que há muito tempo não falo nisso. No clarinete, claro. Mas de mulheres e de desejos também já não falava há muito tempo. Estarei a voltar a mim? Waterfall em pessoa?

segunda-feira, março 10, 2008

Mafalda Veiga



Fui ver a Mafalda Veiga. Gostei bastante. Aliás gosto sempre de música ao vivo e quando gosto, gosto mais. Alguns concertos inspiram-me como este me inspirou e nessas alturas gostava de ter um bloco de notas para escrever todas as emoções que me passam pela cabeça.

Ás vezes ainda choro...


O Mac veio ter comigo. Dei-lhe as festas diárias de que se alimenta tanto quanto de ração.
Quando achei que chegava (mimo a mais é demais) mandei-o deitar.
Ele deitou-se e ficou a olhar o seu horizonte.
Eu que já estava sentado, deitei-me também. Olhei o céu.
O meu pedaço de céu.
O seu pedaço de céu.
Ainda sinto muito a sua falta…

Isto não vem nada a propósito do post anterior, mas...

Kate Nash - Foundations





Gosto da música, gosto da moça, da pronuncia marcadamente britânica, gosto do seu mau feitio, gosto da colecção de sapatos, dos vestidinhos e das saias, da voz rouquita, das pontas dos dedos, gosto do vídeo.

Gosto do tema. Quando construimos mal as fundações do nosso relacionamento. Acontece muita vez.

Imcompleto

Se calhar exijo de mais das pessoas da minha vida.
Se calhar até é normal, acho que é intrínseco no Ser Humano, o egoísmo.

Mas se o penso escrevo.
Escrever não significa ter razão. Escrever ajuda a clarificar as situações.
Se fosse pescador podia ir um dia inteiro para um rio, cavado num profundo vale e meditar.
Infelizmente não sou pescador. Vou escrevendo. Não se escandalizem, não devo ser o único a pensar assim.

Só não digo o quê…, porque tem dias que sim e dias que não.

Estou mesmo a precisar de ir à pesca.

segunda-feira, março 03, 2008

Tentando ultrapassar o tempo, porque dizem que o tempo cura

Encontrei por Coimbra uma moça do meu tempo a quem dei uns beijos. Trazia pelo braço, uma filha da idade e igual à moça que em tempos beijei.

Não sei ainda se percebi o que senti.
Senti muita coisa, muita coisa confusa.

Por um lado gostei de a ver. Não falei com ela. Ambos, sem saber ao certo que fazer, acabamos por fazer de conta que não nos tínhamos visto, mas de qualquer forma, gostei de a ver. Gosto sempre.

Imaginei logo o argumento, já visto ou lido em qualquer lado, em que sem saber me apaixonava pela filha de uma antiga namorada. Na confusão de sentimentos que isso trás, na confusão de significados que só o facto de pensar se podem adivinhar… perdi-me.

Há uns tempos atrás, isto tinha dado um bom post. Agora não dá nada. Continuo apático e triste.

Vazio

Ás vezes acordamos tristes e nem sabemos bem porquê. Uma melancolia, um vazio,.. Terá sido alguma coisa dos sonhos? Ou pior, será algo que e...