sexta-feira, fevereiro 01, 2008

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Já em Novembro de 2006, quando perdi o meu Pai, de quem eu era também, a pessoa mais próxima escrevi isto:
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Levei um safanão, dos grandes, na minha vida. De tal forma, que não tenho tido tempo nem vontade, para aqui escrever. Devagarinho, apanho os cacos e colo aqueles que não ficaram perdidos para sempre. Vou pondo tudo no lugar, aproveitando para reconstruir o meu mundo mais à minha medida.Entretanto, este blog, continua cedendo as suas energias a outros empreendimentos, que são, neste momento, mais importantes. Talvez este post seja o sinal do meu regresso. O tempo o confirmará!

Em Agosto de 2007 despedi-me de um Tio muito querido e escrevi:

Obrigado por tudo Tio. Por tudo quanto me ensinou, por tudo quanto me ajudou e por tanto quanto me fez sentir especial e importante. Vou sentir a sua falta. Acredito que quem parte novo vive novo na eternidade. Um dia encontramo-nos.

Agora a minha Mãe.
Ainda não tenho vontade de escrever nada. Nem sequer me sobra muito tempo, no meio de tudo o que tenho que tratar. Tenho a cabeça tão vazia e ao mesmo tempo tão cheia.
Ainda choro. Não tenho vontade de dizer nada.

3 comentários:

  1. Há alturas na vida em que temos de nos encontrar connosco próprios.
    Penso que estás a passar por uma dessas fases.
    Cá continuarei a visitar o teu canto, na esperança que um dia voltes.
    Lamento muito o momento que estás a viver. Mas apesar de tudo, é o caminho que todos temos como certo.

    Um beijo e até breve

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  2. Como te compreendo!
    Mesmo quando não perdemos alguém, sentimos esse vazio e essa "confusão" mental, quanto mais nestas alturas...!!!

    Volta devagarinho e vai escrevendo... Desabafando...
    Vais ver que te faz bem!

    Beijos :))))

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  3. Há alguns anos atrás ajudou-me um bocadinho encontrar este texto. Espero que te possa ajudar um pouco também.


    De um Sermão feito pelo Canon Henry Scott Holland no Domingo de Ramos de 1910

    O Quarto Ao Lado


    A morte não é nada ... Eu apenas fui para o quarto ao lado. Eu sou eu, e tu és tu. Seja o que for que tenhamos sido um para o outro continuamos a ser
    Chama-me pelo meu nome de sempre, conversa comigo da forma espontânea que sempre usaste.
    Não uses um tom diferente, não faças um ar forçado de solenidade ou mágoa.
    Ri como sempre rimos das pequenas brincadeiras que nos divertiam aos dois.
    Brinca … ri … pensa em mim … reza por mim.
    Deixa o meu nome continuar a ser o nome familiar que sempre foi, deixa-o ser falado sem ênfase, sem qualquer sombra.
    A vida tem todo o significado que sempre teve. É a mesma que sempre foi
    Não houve nenhuma quebra de continuidade.
    O que é a morte além de um pequeno acidente?
    Porque deveria ficar fora do teu coração só porque estou fora da tua vista? Eu estou à tua espera, este é só um intervalo.
    Algures muito próximo, logo a seguir à esquina.
    Está tudo bem.

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Dúvidas existênciais

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